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Zuckerberg não é culpado por vícios de menores, decide juíza

A Justiça dos Estados Unidos rejeitou as acusações de que o CEO da Meta seria responsável por ocultar riscos do uso do Facebook e do Instagram à saúde mental de crianças e adolescentes

São 25 processos em que Mark Zuckerberg é chamado de “espírito orientador” de supostos esforços da plataforma para esconder avisos internos sobre vícios em redes sociais, segundo a agência Reuters.

As ações foram protocoladas com base em leis de 15 estados: Arizona, Colorado, Connecticut, Geórgia, Maryland, Nova York, Carolina do Norte, Ohio, Pensilvânia, Carolina do Sul, Texas, Virgínia e Wisconsin.

(Imagem: panida wijitpanya/iStock)

Na decisão, a juíza distrital Yvonne Gonzalez Rogers, de Oakland, Califórnia, avaliou que faltam detalhes sobre os atos de Zuckerberg, e que “o controle da atividade corporativa por si só é insuficiente” para estabelecer responsabilidade no caso.

Os processos foram abertos por grupos de pais que, segundo o advogado de defesa, Previn Warren, estão reunindo evidências “para descobrir a verdade sobre como a big tech priorizou conscientemente os lucros em detrimento da segurança de nossas crianças”.

As ações pedem o pagamento de indenizações não apenas pela Meta, mas também da Alphabet (detentora do Google), TikTok e Snapchat.

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(Imagem: Drazen Zigic/iStock)

Pressão de todos os lados

A Meta também foi processada por 33 procuradores-gerais dos EUA, que vinculam as mídias sociais da empresa a casos de ansiedade, depressão, insônia e interferência na educação e na vida cotidiana de jovens.

Na ação, eles afirmam que a big tech enganou o público sobre os perigos das plataformas e induziu crianças e adolescentes ao uso compulsivo das redes. “A Meta aproveitou tecnologias poderosas e sem precedentes para atrair, envolver e, finalmente, enredar jovens e adolescentes. Seu motivo é o lucro”, diz a queixa.

A Meta classificou o processo como “decepcionante”. “Em vez de trabalhar produtivamente com empresas de todo o setor para criar padrões claros e adequados à idade dos muitos aplicativos usados ​​pelos adolescentes, os procuradores-gerais escolheram esse caminho”, respondeu a empresa.